Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon-Duas Sicílias e Bragança (Rio de Janeiro, 29 de julho de 1846 – Eu, 14 de novembro de 1921), apelidada de “a Redentora”, foi a segunda filha, a primeira menina, do imperador Pedro II do Brasil e sua esposa a imperatriz Teresa Cristina das Duas Sicílias. Como a herdeira presuntiva do Império do Brasil, ela recebeu o título de Princesa Imperial.
A morte de seus dois irmãos homens a fez a herdeira de Pedro. A própria personalidade de Isabel a distanciou da política e de quaisquer confrontos com seu pai, ficando satisfeita com uma vida calma e doméstica. Além disso, apesar da sua educação ter sido bem ampla, ela jamais foi preparada para assumir o trono. Isabel se casou em 1864 com o príncipe francês Gastão, Conde d’Eu, com quem teve uma filha e três filhos.
A princesa serviu três vezes como regente do império enquanto seu pai viajava pelo exterior. Isabel promoveu a abolição da escravidão durante sua terceira e última regência e acabou assinando a Lei Áurea em 1888. Apesar da ação ter se mostrado amplamente popular, houve forte oposição contra sua sucessão ao trono. O fato de ser mulher, seu forte catolicismo e casamento com um estrangeiro foram vistos como impedimentos contra ela, juntamente com a emancipação dos escravos, que gerou descontentamento entre ricos fazendeiros. A monarquia brasileira foi abolida em 1889 e ela e sua família foram exilados por um golpe militar. Isabel passou seus últimos trinta anos de vida vivendo calmamente na França.
A Princesa Da. Isabel e seu marido o Príncipe D. Gastão (Conde d’Eu, na França) tiveram quatro filhos:
1º Princesa Luísa Vitória do Brasil (falecida no mesmo dia em que nasceu);
2º Príncipe D. Pedro de Alcântara do Brasil (renunciou por si e sua descendência);
3º Príncipe D. Luís do Brasil (herdeiro dinástico);
4º Príncipe D. Antônio do Brasil (faleceu em 1918 sem filhos).
Os três meninos estavam no navio com D. Pedro II e Da. Teresa Cristina, quando a Família Imperial foi exilada do Brasil. O exuberante país, cheio de belezas naturais e de um povo bondoso e gentil, lhes foi tirado, assim como do povo brasileiro foram tirados seus defensores naturais.
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A Princesa Da. Isabel
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Isabel c. 1851. Esta provavelmente é a primeira fotografia da princesa.
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Princesa Isabel 1865. Família Imperial – Álbum de retratos. Petrópolis: Museu Isabel, 1865
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Princesa Isabel e filhos
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A Princesa Da. Isabel e seu marido o Príncipe D. Gastão (Conde d’Eu, na França) tiveram quatro filhos: 1º Princesa Luísa Vitória do Brasil (falecida no mesmo dia em que nasceu); 2º Príncipe D. Pedro de Alcântara do Brasil ; 3º Príncipe D. Luís do Brasil ; 4º Príncipe D. Antônio do Brasil
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Pedro de Alcântara Luís Filipe Maria Gastão Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (Petrópolis, 15 de outubro de 1875 – Petrópolis, 29 de janeiro de 1940), príncipe do Grão-Pará (1875–1891), príncipe Imperial do Brasil (1891–1908) e príncipe de Orléans e Bragança, era o filho primogênito da última princesa imperial do Brasil, Isabel Leopoldina de Bragança e Bourbon e do príncipe imperial consorte, Gastão de Orléans, Conde d’Eu
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Luís Maria Filipe Pedro de Alcântara Gastão Miguel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (Petrópolis, 26 de janeiro de 1878 – Cannes, 26 de março de 1920), príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, tornou-se príncipe imperial do Brasil e, portanto, o herdeiro do então já “extinto” trono imperial brasileiro, a partir de 30 de outubro de 1908, quando o seu irmão, o príncipe D. Pedro de Alcântara, renunciou.
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Antônio Gastão Filipe Francisco de Assis Maria Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança, (Paris, 9 de agosto de 1881 — Edmonton, 29 de novembro de 1918), príncipe do Brasil e príncipe de Orléans e Bragança, foi um militar e piloto de aviões franco-brasileiro. Nasceu na casa alugada por seus pais, a última princesa imperial do Brasil, D. Isabel de Bragança, e o príncipe imperial consorte, D. Gastão de Orléans, conde d’Eu, enquanto permaneciam em Paris, devido a tratamentos de saúde. Anos depois da Proclamação da República no Brasil – episódio que passou-se a 15 de novembro de 1889 – D. Antônio alistou-se como tenente dos hussardos do exército imperial e real do Império Áustro-Húngaro, atividade que exerceu de 1908 a 1914 e, depois, em 1918, com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alistou-se na Marinha Real Britânica, servindo como piloto de aviões.
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Família imperial fotografada por Otto Hees. Da esquerda para direita, Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, D. Antônio, D. Isabel, D. Pedro II, D. Pedro Augusto de Saxe-Coburgo, Conde d’Eu, e os príncipes Luís e Pedro de Alcântara na Casa da Princesa Isabel e do Conde D’Eu (1888).