Rio Novo.

Rio Novo

O nome Rio Novo vem do pequeno rio que corta a região, de onde é captada a água que abastece a cidade de Orleans. A origem desta terra está estruturada no trabalho e suor de heróis desbravadores imigrantes. Inicialmente a população de Rio Novo era composta de Índios e depois foram chegando os colonizadores Letos. Rio Novo foi escolhido para ser a colônia dos imigrantes da Letônia. Os primeiros contingentes de Letos que chegaram para o Brasil em abril de 1890. Partiram do cais do Porto de Rigo, capital da Letônia, 25 famílias lideradas pelo Pastor Karlis Balodis que num vapor pequeno cumpriram um primeiro trajeto até o Porto de Lubek, na Alemanha. Deste ponto, num outro navio, chegaram até Laguna. De Laguna para Orleans tomaram o trem da Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina e, em Orleans, foram encaminhados para Rio Novo. Em 1891, cinco famílias, no mesmo ano em novembro, chegaram mais duas e em dezembro de 1891 outras 25, grupos este que consolidaram a colônia Leta de Rio Novo e consequentemente o primeiro do Brasil. Os Letos eram pessoas cultas, amantes da música e logo construíram escola, casas de comércio e o templo Batista. Em 20 de março de 1892, organizaram a primeira Igreja Batista. Foi também a primeira Igreja Batista Leta no Brasil. Em 1893, a comunidade já apresentava algum progresso em matéria de áreas cultivadas, pastagens com alguns animais e razoável produção. Em 1896, Rio Novo contava com 165 pessoas. Durante vários anos Guilherme Butler foi pastor e o professor na colônia. Por volta de 1915 os Letos foram vendendo suas terras e se transferindo para Nova Odessa – SP, Urubici – SC e outras cidades. Suas propriedades foram sendo adquiridas por colonos católicos de origem italiana. As famílias católicas não tinham um local próprio para rezar. Em 1942 foi construída uma pequena capela de madeira serrada a braço. A comunidade elegeu Nossa Senhora das Dores como padroeira. A construção da atual igreja teve inicio em 1956. Hoje a comunidade é formada por 50 famílias. A comunidade construiu próximo á capela, um salão de festas que no dia 26 de janeiro de 1999 foi destruído por um violento vendaval. Com a união e participação de todas as famílias, no dia 6 de junho uma festa de pré-inauguração foi realizada no novo salão já em fase de conclusão.

Fonte: Livro Da Paróquia Santa Otilia e o livro Letos Orleanenses de Jucely Lottin.

Pesquisa: Evair Alberton.

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